terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O jejum que salva... Ainda faz sentido jejuar?

Pare e  reflita...

O tempo da Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas. É dia de jejum e de abstinência. Jejum significa abstinência ou abstenção de alimento em determinado dia por prescrição religiosa ou médica. O jejum religioso é feito no sentido de mortificação da própria vontade, para que a pessoa se habilite também às mortificações com vistas às conquistas espirituais. São conquistas duradouras. As cinzas, por outro lado, simbolizam tudo o que é perecível. A imposição das cinzas faz lembrar que somos pó, e ao pó retornaremos.
Jejum médico e religioso.  Exemplo de jejum não religioso ou médico é aquele antes da coleta de sangue para exame, ou antes de uma cirurgia, ou aquele da pessoa que não tem o que comer. O jejum religioso, por sua vez, significa a mesma abstenção, porém, por motivo de penitência. Esse é o jejum recomendado para Quarta-feira de Cinzas.
Dias de jejum.  São muitos os dias em que os católicos são convidados a jejuar? Não são muitos. São Quarta-feira de cinzas e Sexta-feira santa são os dois dias em que a Igreja pede que todos os adultos jejuem.
Modos de jejuar. O jejum pode consistir na renúncia a uma das refeições importantes do dia em sinal de solidariedade aos que não se alimentam. Com esse gesto a pessoa estará também manifestando que não deseja que sua vontade (p. ex. a vontade de comer) sempre se sobreponha à vontade do Senhor. É o sinal de que a vontade de Deus deve prevalecer na vida, mesmo sobre as coisas humanamente importantes. Um grande desafio.
Solidariedade. Será uma solidariedade fictícia? Não pode ser. Pelo jejum, a pessoa estará em solidariedade com os que passam fome, sentindo na sua própria pele alguma coisa do que elas sentem por necessidade imperiosa. É uma forma de solidariedade que deve sensibilizar para gestos concretos que aliviem a fome real daqueles que jejuam porque não têm o que comer. À primeira forma de solidariedade precisa seguir a segunda. Isto é rasgar o coração. Rasgo? O mundo está esperando você e eu rasgarmos o coração.
     A pergunta inicial torna-se oportuna: ainda faz sentido jejuar? Faz. É bom para quem jejua e para os outros, pois a renúncia à própria vontade em certos momentos faz parte da boa convivência.  Além do mais, se a abdicação da própria vontade resulta em algo concreto a ser doado aos necessitados, torna-se solidário. Faz muito sentido o gesto concreto de solidariedade para com aqueles a quem a vida impôs um jejum inafastável e mortal.


Fonte da  Matéria:www.meritocat.com.br/site/2012/02/13/o-jejum-que-salva/

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