O tempo da Quaresma começa na
Quarta-feira de Cinzas. É dia de jejum e de abstinência. Jejum significa
abstinência ou abstenção de alimento em determinado dia por prescrição
religiosa ou médica. O jejum religioso é feito no sentido de mortificação da
própria vontade, para que a pessoa se habilite também às mortificações com
vistas às conquistas espirituais. São conquistas duradouras. As cinzas, por
outro lado, simbolizam tudo o que é perecível. A imposição das cinzas faz
lembrar que somos pó, e ao pó retornaremos.
Jejum médico e religioso. Exemplo de jejum não religioso ou médico é
aquele antes da coleta de sangue para exame, ou antes de uma cirurgia, ou
aquele da pessoa que não tem o que comer. O jejum religioso, por sua vez, significa
a mesma abstenção, porém, por motivo de penitência. Esse é o jejum recomendado
para Quarta-feira de Cinzas.
Dias de jejum. São muitos os dias em que os católicos são convidados
a jejuar? Não são muitos. São Quarta-feira de cinzas e Sexta-feira santa são os
dois dias em que a Igreja pede que todos os adultos jejuem.
Modos de jejuar. O jejum pode
consistir na renúncia a uma das refeições importantes do dia em sinal de
solidariedade aos que não se alimentam. Com esse gesto a pessoa estará também
manifestando que não deseja que sua vontade (p. ex. a vontade de comer) sempre
se sobreponha à vontade do Senhor. É o sinal de que a vontade de Deus deve
prevalecer na vida, mesmo sobre as coisas humanamente importantes. Um grande
desafio.
Solidariedade. Será uma
solidariedade fictícia? Não pode ser. Pelo jejum, a pessoa estará em
solidariedade com os que passam fome, sentindo na sua própria pele alguma coisa
do que elas sentem por necessidade imperiosa. É uma forma de solidariedade que
deve sensibilizar para gestos concretos que aliviem a fome real daqueles que
jejuam porque não têm o que comer. À primeira forma de solidariedade precisa
seguir a segunda. Isto é rasgar o coração. Rasgo? O mundo está esperando você e
eu rasgarmos o coração.
A pergunta inicial torna-se oportuna:
ainda faz sentido jejuar? Faz. É bom para quem jejua e para os outros, pois a
renúncia à própria vontade em certos momentos faz parte da boa
convivência. Além do mais, se a
abdicação da própria vontade resulta em algo concreto a ser doado aos
necessitados, torna-se solidário. Faz muito sentido o gesto concreto de
solidariedade para com aqueles a quem a vida impôs um jejum inafastável e
mortal.
Fonte da Matéria:www.meritocat.com.br/site/2012/02/13/o-jejum-que-salva/
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