Pessoas que
fabricam armas ou investem na indústria armamentícia estão sendo hipócritas se
chamarem a si próprias de cristãs, disse o papa Francisco neste domingo (21).
"Se
confiarem apenas nos homens, terão perdido", disse ele aos jovens em um
longo e elaborado discurso sobre guerra, confiança e política, depois de ter
descartado sua fala previamente preparada.
"Isso me
faz pensar em... pessoas, gestores e empresários que se dizem cristãos e
fabricam armas. Isso leva a um tanto de desconfiança, não é?", disse ele
antes de ser aplaudido.
O pontífice
também criticou aqueles que investem na indústria armamentícia, dizendo que a
"duplicidade é moeda corrente hoje... eles dizem uma coisa e fazem
outra".
Francisco
também discorreu a respeito de comentários que fez no passado sobre eventos
ocorridos na Primeira e Segunda Guerra Mundiais.
Ele falou
sobre a "tragédia do Shoah", usando o termo em hebraico para o
Holocausto.
"As
grandes potências tinham fotos dos trilhos que levavam os trens até campos de
concentração como Auschwitz para matar judeus, cristãos, homossexuais, todo
mundo. Por que não bombardearam (os trilhos)?"
Ao falar
sobre a Primeira Guerra Mundial, Francisco discursou sobre "a grande
tragédia da Armênia", mas não usou a palavra "genocídio".
O papa causou
um desconforto diplomático em abril ao chamar o massacre de 1,5 milhões de
armênios há 100 anos de "o primeiro genocídio do século 20", levando
a Turquia a convocar de volta seu embaixador para o Vaticano.
Notícia retirada do site: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/06/papa-diz-que-fabricantes-de-armas-nao-podem-se-dizer-cristaos-20150621163504098059.html
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